terça-feira, 5 de abril de 2011


Fazia tempos que eu não pegava uma carta dessas que eu achei no chão, mas faz mas tempo que eu não escrevo. Me lembro de ter achado um pedacinho de uma carta de Paus em um bueiro perto de casa, antes de uma viajem que eu ia fazer com meu namorado e seus amigos. Eu não me lembro do numero da carta, só lembro que deu um trabalho danado e nojento de pegar. Mas peguei, coisas legais aconteceram. Nada mais me lembro! Outro dia eu estava no moto-taxi e tinham duas cartas no chão, viradas de cabeça pra baixo, eu ia descer pra pegar, mas o sinal abriu e o cara do taxi arrastou. Fiquei só na vontade. Teve esse dia também que eu estava no carro com minha mãe e no meio de um retorno tinha uma outra carta virada de cabeça para baixo, não desci do carro pra pegar, me arrependo. E hoje, indo para o trabalho, passei por uma praça e achei essa. 3 de ouro! Demorou pra descobri. Por quê? Hum... A carta esta completamente apagada, a frente, não o fundo. O fundo é azul, lindo! Depois de muito olhar é que eu percebi que se tratava de um 3 de ouro. Dai tudo fez um pouco de sentindo. Recebi dinheiro por esses dias, e já gastei metade em carne, pagamentos e aleatoriedades. Esse é o ouro sumindo aos poucos. Genial, não é? Adoro essas cartas. Infelizmente nem um das cartas veem me dizer coisa como: Você vai se fuder esse final de semana, pq sua Herpes vai estourar!

Brigadão cartas!



Ravi Aynore

Arrocha Tchê;

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Triplo tudo.

Triplo e muita coisa aconteceu. Eu não escrevi logo por quê tinha muita coisa acontecendo, não saberia, mesmo que muito tentasse, dizer se foi influencia das cartas ou não. Muita coisa realmente aconteceu e eu já estava apaixonado e satisfeito. Cadê a grana? Agora preciso só de grana. Esse novo álbum do Ray LaMontagne é muiito bom. Quantos “i’s” tem a palavra “Muiiito”? Eu não sei mais! Existe esse lugar, esse bar, boteco, que eu chamo de pastelaria por que lá vendo um pastel bem gostoso e caro, mas vale a pena. Tem sido dias frios em Aracaju, e eu já devo ter falado do quanto gosto da cor cinza. Não falei da minha viajem. Vamos viajar, eu, Leo, a DUO e o teatro. Triplo! O frio de Aracaju triplica ou mais e se transforma em Rio Grande do Sul. Outro dia nevava por lá. A ultima vez que vi neve foi quando eu meso fiz uma bola de neve com o gelo do congelador da minha geladeira. Existe ate campanha de agasalho para me aquecer lá em Dom Pedrito. Indo comer outra vez um pastel gostoso eu achei a primeira de uma tríade. Como eu ainda tenho olhos pra essas coisas? Essa parte eu não consigo explicar. Quantas pessoas acham com freqüência cartas de baralho no chão? Dan, obrigado pelo CD. Ray continua tão bom como sempre. Era um sete de copas. Estava completamente contorcido, distorcido, destruído. Ainda assim é uma bela carta. Pelo significado e tudo mais. E todo mundo sabe que eu estou apaixonado. As cartas sabem, Deus sabe. Deus mora muito longe. As noticias correm nesses ventos frios. É claro que eu liguei pra ele assim que achei a carta. Ele achou tudo tão foda quanto eu achei. Foda! Eu devo ter feito alguma coisa certa. A carta deve ter aparecido pra me dizer isso. Tenho um amor O.K. to feliz com isso. Demos também essas entrevistas divertidas para TV e Radio. É bem divertido mesmo. E depois de uma dessas entrevistas bem divertidas eu nem queria ir andando pra casa, mas metade do caminho depois, eu e Leo Santolli (e eu só o chamo assim por que ainda não briguei com ele.) ainda estávamos andando. PANG! Eu tive que dividi minha atenção entre um conhecido passando na rua e duas cartas coringa perdidas no chão. Apenas dois dias depois da sete de copas, pra você que gosta de detalhes. E mais uma vez muita coisa aconteceu. Dois coringas? Eu achei que ia morrer. O que ainda não foi completamente descartado. Não sei o que coringas significam. Mais dois dias depois outro triplo. Estávamos, eu e Leo, ganhando três prêmios teatrais. Ganhei o de melhor ator, ganhamos melhor direção e também melhor cena. Merecido? Eu não sei, mas as pessoas gostaram. E o melhor dos prêmios é mesmo saber que as pessoas gostaram, que meu pai, amigos e namorado estavam todos muito orgulhosos de mim e do nosso trabalho. Eu briguei com um amigo. Foi merecido! Falei coisas pesadas demais, mas I MEAN IT. Eu briguei com uma pessoa, um amigo jamais teria começado uma situação como foi, ou terminar como terminou. A premiação foi tão divertida. Uma gincana, como dizem. Divertida! E eu fiquei bem feliz e bem triste mas ai... TRIPLO. Minha festa de comemoração foi junto com o aniversario de marina, uma menina linda e de Vinicius, um João. Diversão até outros dias... Na Pastelaria é claro. Nem tudo acaba em pastel, cês sabem. As conseqüências das coisas que aconteceram me fizeram ter que trabalhar. Fiquei feliz com o resultado e tudo acabou em Mcdonalds. Amo muito tudo isso.
As cartas coringas eram uma vermelha e outra preta. Fundos vermelhos e azul a do sete de copas. Viajo domingo as 4 da manhã. Namoro o gato Felix. É isso ai. Boa sorte pra mim.

Fotos mais tarde.

Arrocha Tchê!

domingo, 18 de julho de 2010

O Ás dele.

Eu já acordei tarde, provavelmente iria me atrasar, mas problemas que tinham que ser resolvidos me atrasaram pra valer. Mesmo com o atraso do mundo todo o ensaio foi o melhor que poderia ser. Entender alguém tão fechado a tudo é uma vitoria e tanto. Já tinha marcado com ele que umas sete horas ele iria me buscar, mas a coisa toda se estendeu e já eram quase oito e o ensaio ainda não tinha terminado. No tempo certo, foi me pegar na rua, no meio da chuva, ainda deu carona a um amigo. Pessoas legais são assim mesmo! Até decidir o que fazer e fome de não ter comido nada o dia inteiro me atacar, nós namoramos um pouco. Comi um passaport como combinado e ele pediu minha carteira... Ele mesmo pagou a conta, com o dinheiro dele. Gente legal é assim mesmo. Guardou algo na minha carteira e me devolveu. Voltamos a namorar, no carro, e quando eu lembrei da qualquer coisa que ele teria escondido em minha carteira, decidi verificar. E lá estava ela! Linda e nova, com o meu fundo de carta preferido. Um Ás de Copas como nunca eu teria achado. Ele me deu uma carta! No fundo, havia alguns escritos: “Some things are meant to be”, como na musica que cantamos juntos na sexta-feira. E eu só consigo pensar que a preta velha estava certa. Ele estava certo também quando disse que o segundo semestre seria tão legal ou melhor que o primeiro. Eu não achei carta alguma, mas o achei. E fui eu quem o fiz. Com ajuda dos melhores amigos e talz. Sim, eu estou feliz e isso muito me basta. É claro que quero mais, mas esse mais me vem com o tempo. Muita gente vive me perguntando o que ele é meu. Eu sei o que ele é meu! E só eu preciso saber. Todo mundo, não! Basta saberem que ele não é mais um qualquer João. Esse tem nome, e o seu nome só eu sei e basta. O que a carta significa? Se não for felicidade, eu não sei o que seria.

DPS



E se o post foi pequeno é pq tudo mais não foi tão importante. =D

Arrocha Tchê!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dez de Ouros.

14 de Janeiro de 2010

Dez de Ouro.

O dia começou bem cedo, digo... Quando o dia começou, em sua primeira hora eu estava nu numa piscina me divertindo. Só por estar nu em uma piscina numa casa que não era minha já era muita diversão, mas tinha gente lá comigo, mais divertido ainda. Pela primeira vez tive amigos de verdade, desses que são mesmo seus amigos e você sabe disso, comigo lá na casa onde as coisas acontecem. Ter verdadeiros amigos por perto é sempre muito bom. Ops! Acabou de faltar energia aqui em casa, a luz piscou duas vezes e apagou, o ventilador parou e a tela do PC ficou mais escura. Vai ficar calor aqui. Bom, tenho que escrever rápido antes que a bateria do notebook descarregue. A festinha particular com apenas 10 pessoas foi divertida. Não se meu melhor amigo se divertiu tanto quanto eu. Ele não quis entrar na água e talz. Voltou a luz, e alguém gritou lá em baixo. Ficamos sentados jogando conversa fora. Eu conheci uma menina da Bahia que é super gente fina, fiquei a fim de conversar mais com ela. Meu professor disse hoje que ela era ótima. Barbara! O nome dela, é claro. Jamais chamaria alguém de bárbaro. É um elogio muito gay até pra mim. Meu amigo quis ir logo, e nem foi tão logo assim. Ele teve até muita paciência pra quem parecia não estar se divertindo. Ele dirigia, quando chamou nós fomos. Oito dentro de um só carro. Um José foi no meu colo. Não tinha rolado nem um tipo de clima entre a gente, apesar de que às vezes eu o olhava de uma maneira diferente, nem mesmo eu sabia definir o que era. Antes de conhecê-lo, eu meio que tinha raiva dele. Ele ficou com João um dia antes do nosso namoro começar. A culpa não era dele, então eram ciúmes. Não importa, não sinto mais nada pelo João desde que descobri que ele namorava outras pessoas ao mesmo tempo em que me namorava. Eu não contei? Eu não vou contar. Minha saudade, raiva, ciúmes e busca de compreensão, viraram uma admiração estranha. Está relampejando lá fora. Carro, oito pessoas, José no meu colo. É claro que nos beijamos, Barbara pareceu gostar disso. Eu também gostei. Não que eu vá ligar no dia seguinte, mas foi uma coisa que aconteceu e que foi legal. Sei lá. Ele queria mais e eu queria Chrys. Mas não consegui contar essa parte da festa pra ela, e o por quê ainda é um mistério pra mim. Bom, agora ela já sabe. Oi, Chrys. Te gosto, vei. Ultimamente tenho desejado bastante dividir as coisas com ela. Ela é como um visitante interessante, desses que a gente conhece numa taça de vinho e no segundo gole já ta contando de tudo sobre sua vida. Desligaram a arvore da treze. Nem é triste, mas... Bom, talvez faça falta algum dia. Não tomo banho de praia por que sei que a praia vai estar lá pra quando eu quiser ir tomar um banho. Já pensou se um dia desligarem a praia? Iria mesmo sentir falta, mesmo não sendo uma banhista freqüente. Eu dormi! Nem assisti filme gay, tava cansado. Acordei cedo com um toque estranho no celular. Da noite pro dia ele resolveu quebrar. Eu acho que não fiz nada enquanto dormia. 2 horas depois ele voltou ao normal. O chefe me ligou, disse que tinha trabalho pra mim amanhã, quinta. E sexta. E sábado. Chamei o melhor amigo pra fazer isso comigo. Espero que seja uma experiência divertida. Tivemos uma reunião às cinco da tarde. O clima estava horrível. Umas sete eu fui pro shopping ver duas lindas amigas. Nós cantamos e demos risadas. Me fizeram lembrar que não tenho dinheiro algum e que minha mãe está me irritando muito por que ela diz que não faço nada. Eu durmo de manhã, por que a manhã é artisticamente chata pra mim. E meu argumento foi justamente esse: Sou um artista! Nunca tinha dito isso pra me defender de nada. Acho que é por que não funciona. Minha mãe continuou falando. Em março. Em março eu me mudo pra morar com Oscar. Se eu tiver coragem. Se eu tiver coragem. Se minha mãe me expulsar. Se ela tiver coragem. Sai do shopping quase onze. Vou vê-las outra vez mais tarde. Compraram uma cama elástica, vamos nos divertir pulando amanhã. Pagaram a minha passagem pra poder ir vê-las. Saindo do shopping encontrei com as mesmas galerinhas da casa de piscina da madrugada do mesmo dia. José estava lá. Barbara também. Eu queria ficar lá com eles, com o José ficar, com a Barbara, mas voltei. Tive que voltar, pois tinha que deixar 3 litros de água em casa. E 3 é por que eram mesmo 3 litros e não por que eu gosto do numero, Chrys. Água na geladeira de casa, tomei um banho e já estava pronto e disposto pra sair, ir ver as pessoas outra vez, mas eu ligue pra saber o que e quem estava por lá. Existem algumas pessoas com quem não gosto de sair, prefiro ficar em casa e beber uma água gelada que ter que sentir algumas energias tão... Não legais. Fiquei triste, mas fiquei... Em casa. Xicó (um João) e um amigo nosso passaram por aqui. Desci. Parei de falar com a Chrys e desci. A musica que eu tava tentando passar pra ela nem chegou. A mesma musica que to escutando agora. How Deep is your Love. Ainda chove, mas não tão forte. Passamos mais ou menos duas horas conversando lorota na porta do meu prédio. Levamos ou amigo em casa. Levei o Xicó em casa. Ele me disse pra voltar pelo mesmo caminho que vim, que era mais perto e blábláblá. Eu não, preferi vim por um caminho diferente. Sempre foi assim. Cantei Damien Rice na volta pra casa, o céu ameaçava chover alguma coisa, e eu deixei a musica cada vez mais longa pra ver se ela alcançava a chuva. Passando por uns prédios que eu não passaria se tivesse seguido os conselhos de Xicó eu a vi. Ela estava dentro do prédio e uma grade nos separava. Passei uns três ( e dessa vez é por que eu gosto do numero) minutos tentando achar alguma maneira engenhosa de apanhá-la, mas nada. Não vi que carta era, tava de barriga pra baixo, a carta. Vi um homem, um moço, o porteiro. Assobiei e ele veio. Pedi a carta, ele me deu. Dez de ouros! Surpreso? Eu começo a trabalhar amanhã... Acho que to pegando a manha. Voltei pra casa pensando nas coisas importantes pra escrever, certamente esqueci de todas elas. Quando entrei em casa começou a chover forte. Que azar! Queria mesmo algo pra lavar a alma. Dez de Ouro. Se minha mãe acreditasse, só a carta já me daria alguma credibilidade.

E manhã eu escrevo pra dizer como foi.

Ou casa eu lembre as coisas importantes que ia dizer.

Beijo, Chrys.

Ravi Aynore.

Arrocha Tchê!


PS: A carata estava e perfeito estado, parece que foi colocada ai, só por que soube que eu iria passar.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Até nada é de coração.

06 de Janeiro de 2010.


Carta nem uma.

Muita coisa aconteceu desde que achei minha ultima carta, mas nada que me fizesse vir até aqui pra escrever qualquer coisa. Natal aconteceu, aconteceu o ano novo e NADA. Como nada aconteceu não tenho nada pra cobrar das cartas. Se houvesse algum mistério mesmo, agora, ele estaria bem mais difícil de desvendar. Não sei o que acontece comigo aos 21. A arvore de natal, a verde, de casa, não significa mais nada. Nem se quer me dar um calor aqui dentro. A da 13 ainda me faz hipnotizar um pouco, mas quando olho pra ela, apenas admiro a beleza, nem tenho mais vontade de fazer algum desejo pra ficar na torcida de que ela seja uma arvore mágica e vá realizar meu pedido. Talvez não existam cartas para indicar que nada de emocionante vai acontecer ou talvez as cartas não signifiquem mesmo absolutamente nada. Ao Achei uma carta de UNO um dia desses. Numero um, azul. Não vim dizer nada aqui por que não considerei que ela pudesse ter qualquer significado. Talvez tivesse e eu perdi uma grande oportunidade de escrever. Na verdade escrevo agora por que me sinto só e estou com tédio. Qual o problema com os meus 21? Mudará alguma coisa quando completar 22? Queria ter uma preta velha presa em meu armário, pra eu poder perguntar qualquer coisa sobre qualquer coisa. As respostas nunca estão dentro dos nossos armários. Me apareceu um João das antigas. Me ligou no réveillon, me mandou um depoimento de obrigado no natal. Ele vive nessa de me encher de esperanças os pulmões. Não sei qual a dele, não mesmo. Queria que ele soubesse todas as coisas que sinto por ele. Queria saber todas as coisas que sinto por ele. Queria entender. E o que ele sente por mim?! É importante. Mas fico nessa de adicionar e excluir as pessoas do meu MSN pra não ver o quão belas elas ficaram com suas roupas novas de natal e seu novos looks de ano novo. Eu tenho medo de sentir muita saudade. Também, pra quê? Se, na verdade, essa minha decisão estúpida de não pensar mais em namoro está me fazendo tão bem?! E se ele quiser voltar? Não quer, ninguém nunca quer. Mas se quisesse eu não voltaria, não poderia. Me sinto tão bem fugindo do que eu mais procuro, um relacionamento serio. Procuro não... Procurei. É que ele tava tão lindo. Os carinhos dele eram tão bons. A idéia de que íamos ficar juntos pra sempre... A gente chorou quando passamos a primeira noite juntos. Foi de longe um dos relacionamentos mais bonitos que vivi. Brigado por isso então. Agora seja feliz com o seu namoradão que mais parece um armário. Só porquê ele tem um sorriso lindo. Grandes merda! O que é que eu to falando? Meu formspring tá super bombando. Adoro ser bombardeado por perguntas de verdades, me faz sentir interessante. Tem uma garota, sabe? Ela mais parece um erro, mas é uma garota. E é linda. Pensei muito que eu talvez devesse investir nela. Tentar uma coisa nova nesse 2010, como as pessoas fazem com os seus cortes de cabelo. Mas quando Joões vivem aparecendo, fica difícil de pensar em mudar. Talvez a presença deles seja mesmo necessária pra provar que gostar não é lá grandes coisas. São pra locar filmes gays. Isso por que eu baixei Shelter daí quero fazer maratona ou alguma coisa assim. Aproveitar que o tédio vai acabar virando tristeza. Por quê que nem uma carta me avisou que ele ia aparecer tão bonito? Existem coisa que eu nunca vou entender. Mas... E se uma outra paixão aparecer em minha vida? Agora? Não, agora não! É cedo. A lembrança do João mais antigo ainda tá muito forte no meu peito. O João mais recente ainda acha que a nossa separação é mais desencontro do que outra coisa. Eu to quase bom assim do jeito que to. Outro dia ele veio dizer que sentia saudades de conversar comigo. Não sei se foi antes ou depois de descobri que eu o tinha excluído. Do João mais recente to falando. Acho que meu maior problema são esses segredos. Gostaria muito de poder falar o nome deles aqui. Como falo o de Lucas, o de Vine. Joões que assumiram o amor por mim, assim como o nosso namoro. Mas eu entendo o motivo do segredo. Isso não impede que eu deseje que tivesse sido diferente. Ai ai, lembranças. Pra que servem mesmo? Ainda salvo as fotos do João mais antigo aqui no meu computador, não sei por quê, tornou-se um habito nos sete meses que passamos juntos. E a Chrys que namorou 3 anos. Como que ela conseguiu se livrar do habito de amá-lo . Se ao menos eu tivesse aqui um vídeo game pra me distrair. Se for pra voltar, volte, depressa. Se for pra chegar, chegue, juntinho. Isso vale pra qualquer um que leu isso aqui. Vale também pra quem o escreveu.

=)

O propósito do blog foi pro lixo, mas eu desabafei.

Sei que, pelo menos, o Leo, a Chrys e LaPlane vai ler isso aqui. Não é o mundo, mas to satisfeito.

Sinto saudades de dizer “Te amo” verdadeiramente.

Arrocha tchê!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

7 de Espadas.

15 de Dezembro de 2009.

Eu nunca tinha reparado que ficava tão triste nos finais de ano até minha mãe comentar quando estávamos falando sobre o fim do nosso namoro. É, é uma verdade. Eu sempre fico triste, com tédio e tudo mais. Os natais e viradas de ano são sempre muito chatos, cheios de bebidas e desejos não realizados. O dia de hoje não poderia ter sido mais final de ano. Acordei sem vontade alguma de viver. Pra quê? E o dia piorou quando eu tive que sair pra fazer umas coisas pra mim e pra minha mãe. Como é ruim ter uma irmã indiscreta que te pergunta sobre os teus Joões. Eu poderia ter ignorado, mas preferi conversar. Eu estava sentindo falta de falar dele. Ontem liguei para o meu ex, não o João, o outro, o que valeu a pena. Ligue pra saber se ele alguma vez havia desejado por mim. Desejado no sentido “pedido”, sabe? Desses que se faz pra um gênio da lâmpada e tal. Ele disse que sim, que havia desejado por mim em algum momento da vida dele. Fico na duvida se isso foi antes, durante ou depois de me conhecer. Mas a resposta que ele me deu já me daria uma alegria bastante duradoura, até. A falsa esperança de que ele era o “O” encheu meu coração e pulmões de um ar frio. Fui dormi até bem. Isso foi ontem a noite. A arvore de natal mais alta brilhava lindamente lá pras bandas da 13. E o que isso tem a ver? Nada! Mas eu gosto da arvore. Provavelmente a única coisa que me faz sorrir no natal. Isso e as roupas. Se sonhei não lembro. Se lembrasse provavelmente diria que foi algo bastante ruim. Acordei pra não querer mais acordar nunca mais. E fui fazer todas aquelas coisas que eu disse que fiz lá em cima. Alana me falou dele e tudo que eu pude fazer foi escutar. Falei de coisas que ela não sabia e ela ficou de boca aberta e eu com o coração dolorido de saudade ou solidão, não sei. Sabe o que o João disse quando eu o perguntei, ainda namorando, se ele alguma vez havia desejado por mim? Nada! Ele desconversou e me chamou de idiota. Coisa que ele sempre fazia quando algo parecia ser importante pra mim e não pra ele. Minha mãe achou uma aliança no chão e me deu. Eu não sei bem se ela meu deu ou fui eu que tomei posse. Sempre sonhei em casar, em ser de alguém ou coisa do tipo. Fizemos compras, eu e minha mãe. Foi divertido. Um headphone, um cinto, 3 camisas e... Acho que só isso se não me engano. Pagamento pelas coisas que to fazendo pra ela ou presente de natal. Eu não quero saber. Tenho medo que a resposta signifique alguma coisa pra mim. Ainda recebi mais dinheiro do trabalho que fiz no final de semana. E nem te conto, mas tinha um carinha que ficava me olhando nesse trabalho. E pela primeira vez na vida, com medo de deixar a oportunidade passar, eu fiz uma coisa. Anotei meu telefone em um pedaço de guardanapo. Ele demorou a ligar, achei que não tava nem ai, mas na noite do outro dia já foi marcando pra me encontrar. Tenso! Não teve nada não, nos vimos, nos falamos de longe e ficou só nisso. E porquê eu to contando isso? Ah, eu sei por que. Dias atrás achei no shopping o que parecia ser o garoto da minha vida, mas não falei com ele por medo, ou vergonha. Nunca mais vou vê-lo e nem um pedaço de guardanapo com meu numero ele tem. Enfim! Fim! Voltei pra casa depois de ter feito que tinha que fazer pra mim e pra minha mãe. Peguei o cachorro pra passear e achei. Eu disse que não ia demorar. Um 7 de Espadas perto de um latão de lixo, desses azuis. Tava meio acabada a carta. Tem um fundo azul. É a 119°. Só pra lembrar, Espadas é um coração negro de cabeça pra baixo com uma estaca enfiada no meio. Acho que 7 de espadas não significa dinheiro, aliança e nem pessoas me desejando. Depois de achar a carta as coisas não mudaram, o dia ainda era um tédio e eu não queria mesmo mais vive-lo. Tinha que fazer umas edições pra minha mãe. Eu fiz. Jessi, amiga, veio me visitar. Tomamos vinho branco pra comemorar nossa tristeza de solteiros. Ela também tinha comprado roupas. Falei com o meu ex, que disse ontem ao telefone que tinha me desejado, no MSN. Perguntei coisas simples pra ver se conseguia alguma resposta que mudasse o finalzinho do meu dia.

Eu – E você e o outro?

Ele – Estamos bem!

Não era a resposta satisfatória que eu esperava, mas que bom que ele esta bem, feliz! Fe-liz! O ar frio que me tomava como esperança se acabou em uma respiração só. Acho que cai na real. Até quando? Sei La. Tendo a edição pronta eu poderia ter ido dormi. Não fui. Mais coisas tinham que acontecer. João! Ele apareceu pra me acusar de uma coisa que eu não tinha feito.

Ele – Você criou uma conta fake no seu MSN pra me sacanear. Nunca esperei isso de você. Blábláblá.

Serio isso? Minutos antes de eu ir dormi? Eu me esforcei. Eu tentei dizer pra ele que eu não tinha feito nada. Eu não fiz. Juro que faria uma conta Fake, mas só se fosse pra saber se ta tudo bem com ele. Eu sinto falta, droga. Eu não iria querer afastá-lo mais de mim. Não mais do que já estamos distantes. Quero esquecer o sentimento amor, lógico, mas queria preservar a amizade. Jamais o sacanearia, não assim. Foi foda! Injusto! To me sentindo um saco de alguma coisa com um montão de agulhas enfiadas. Saco! Eu fico me perguntando se algum dia a verdade vai aparecer. Se o mundo fosse justo. Se o mundo for. Tomara que seja. Espero que seja nessa situação. Não quero que ele venha me pedir desculpas. Depois de tudo que falou ia ficar estranho desculpar, mas... Se algum dia ele souber da verdade, espero saber que ele soube. Só pra poder sorrir quando encontrar com ele e esperar ser sorrido de volta. Espero mesmo que Deus saiba o que faz.

Então é assim? Cartas de Espadas significam dores no meu coração? Muito cedo pra dizer. E os números? Tem algo a ver com intensidade? Juntando as coisas que senti com o ex e com João, talvez desse mesmo um 7. É muito cedo pra dizer. Esperemos amanhã e as próximas cartas. Se tiver alguém querendo me dizer alguma coisa eu vou descobrir o que é. E se forem premunições do que acontecerá, com esses significados, vou poder me preparar pra muita coisa.

Uma coisa é certa. Essa jornada pra desvendar o mistério das cartas serve muito pra me ajudar a desabafar.

Ravi Ayonre.

Arrocha tchê!